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sábado, 8 de maio de 2010

OS CONFLITOS NOS PAÍSES DA ex-UNIÃO SOVIÉTICA, ATUAL CEI

A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS sucedeu o Império Russo dos czares após a revolução socialista de 1917. Após a revolução, seis repúblicas socialistas foram anexadas no território soviético em 1922: as repúblicas federativas socialistas soviéticas da Rússia, da Armênia, do Azerbaijão, da Geórgia, da Ucrânia e da Bielorússia (atual Belarus). Nos anos subseqüentes, outras repúblicas foram se unindo: o Turcomenistão e o Uzbequistão em 1924, o Tadjiquistão em 1929, o Cazaquistão em 1936.

Em seus anos finais, a URSS era composta de 15 repúblicas socialistas soviéticas: Armênia, Azerbaijão, Bielorússia (hoje Belarus), Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Kirgiziya (hoje Quirguistão) Letônia, Lituânia, Moldávia (hoje Moldova), Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. A capital era Moscou, que ainda hoje é a capital da Rússia.

Durante seu período de existência, a URSS foi, em termos de área, o maior país do mundo. Tinha cerca de 22.402.200 quilômetros quadrados. Era também um dos mais diversos, com mais de cem nacionalidades distintas vivendo entre suas fronteiras. A maioria da população era formada por eslavos do leste (russos, ucranianos e bielorussos) grupos que atingiam mais de dois terços da população total no final dos anos 1980. Em 1990, penúltimo ano de existência, a URSS contava com 20 repúblicas autônomas, oito províncias autônomas, dez distritos autônomos, seis regiões e 114 províncias.

O russo era a língua oficial da URSS, entretanto, mais de 200 outras línguas e dialetos era falados. Ao menos 18 línguas eram faladas por mais de um milhão de pessoas e cerca de 75% dos habitantes falava línguas eslavas. Em 1989, o país tinha estimados 286 milhões de habitantes.

No final dos anos 1980, o então presidente da União Soviética Mikhail Gorbatchev deu início a um processo de abertura econômica e política . No lado econômico, o sistema planejado com políticas sociais deveria ser substituído gradualmente por elementos da economia de mercado (capitalista) uma mudança difícil que foi acompanhada da queda de produtividade em muitos setores, assim como de problemas de distribuição.

A partir de 1989, conflitos que já existiam entre o parlamento da URSS e os das repúblicas se intensificaram. A discussão era focada na divisão de poderes entre o governo central e os governos das repúblicas. O surgimento do nacionalismo étnico em várias repúblicas e as exigências crescentes de autonomia pioraram os conflitos.

Em dezembro de 1991, três repúblicas Estônia, Letônia e Lituânia atingiram independência completa e foram reconhecidos como Estados soberanos, enquanto vários outros buscava independência. Gorbachev discursou em agosto de 1991 no Parlamento e disse que a URSS se transformaria numa Confederação, com o novo nome de União Livre de Republicas Soberanas. Esta união teria certo grau de integração em política externa, defesa e economia, mas as repúblicas não conseguiram chegar a um acordo.

Antes mesmo de terem uma posição legal definida, as repúblicas começaram a agir como Estados soberanos e negociaram umas com as outras diretamente, excluindo o governo central do processo. Em dezembro de 1991, o parlamento da Rússia aprovou a CEI-Comunidade de Estados Independentes para substituir a ex-URSS e anulou o tratado de 1922 que criou a União Soviética. A partir daí começaram os problemas gerados pelo intenso processo de privatização das empresas e das terras que resultou num intenso processo de desemprego, tráfico de drogas, miséria e pobreza em função da financeirização da economia com a participação do FMI-Fundo Monetário Internacional. Aumentaram, também, os conflitos nas novas nações que surge a partir do fim da União Soviética. Outro elemento desse período é a forte dependência econômica dos países em relação à Rússia. A maioria dos países são exportadores de produtos primários: petróleo, gás natural, minérios e produtos agrícolas. Além disso, a ausência de governos democráticos com avanço de governos islâmicos que se aproximam mais dos Governos do Oriente Médio do que o Governo Russo tem sido outro elemento dessa complexa região..

Os conflitos afloraram as diferenças sociais: étnicas, religiosas e econômicas que estimularam os movimentos separatistas de cunho nacionalistas. Um desses movimentos é o conflito da Chechênia (como já discutido no nosso Blog).

Nas décadas de 1930 e 1940 o então Presidente da União Soviética Josef Stalin de estímulo a migração para regiões onde o Estado podia garantir condições de vida digna ao povo, garantindo reforma agrária, emprego, educação etc. As Repúblicas, que atualmente são países independentes, receberam pessoas de diversas etnias, especialmente russos. Tal situação é uma das causas desses problemas. As rivalidades étnicas nos países da CEI constituem um grande foco de instabilidade política e social, principalmente na Rússia.

• Usbequistão e Tadjiquistão desde 1991 sofrem com guerra civil entre comunistas que querem o retorno do socialismo e grupos islâmicos. No Tadjiquistão a Guerra terminou em 1997 destruindo a economia do país. No Usbequistão os conflitos continuam. O resultado disso, praticamente não há acesso a água potável, É alta a proliferação de doenças e mortalidade. Segundo a Cruz Vermelha, o fim do socialismo reduziu, em 50%, a qualidade de vida da população.
• Os conflitos do Cáucaso que iniciou desde 1915 quando os turcos muçulmanos exterminaram 1,5 milhões de armênios cristãos. Os conflitos terminaram em 1917 com a revolução socialista que criou a União Soviética. O fim do regime socialista fez o conflito ressurgir. Em Nagorno, reduto Armênio cristão dentro do Azerbaijão mulçumano ocorreu Guerra Civil entre 1988 a 1994 que deixou milhares de vítimas entre os azerbaijanos e armênios.
• Na Ossétia do Sul, região autônoma da Geórgia a luta étnica provocou a morte milhares de pessoas até que a Rússia impôs uma trégua pela força contra a Geórgia. Já na Abkhásia, também na Geórgia, em 1993 a tentativa de independência de uma minoria mulçumana resultou em conflito com vários mortos.
• Conflito da Chechênia uma região separatista da Rússia, na qual já eclodia várias guerras com intenso massacre do exército russo contra a população Chechênia ( já discutido no nosso Blog) em: http://eitacola.blogspot.com/2010/04/conflito-da-chechenia-e-os-ataques-e-da.html.
• Na Criméia, região Sul da Ucrânia, onde a maioria da população é de etnia russa. Ocorreu uma revolta contra o Governo ucraniano. O grupo quer pertencer a Rússia e não Ucrânia.
• Na Dniester na Moldávia um conflito parecido ao que ocorreu na Criméia de russo lutando pela nacionalidade. Além disso, a Moldávia sofre pressões da Romênia que quer a anexação da Moldávia a Romênia. Assim como a Turquia entende que a parte sul do país pertence aos turcos.

O fim do socialismo na União Soviética e a adoção da economia de mercado (capitalismo) geraram toda situação atual de conflitos. Naquele momento, como todos lutavam pela construção da qualidade de vida coletiva não existia a ambição pelo poder. O fim da URSS e a formação da CEI iniciaram um processo, que talvez sem retorno.

A região da atual CEI-Comunidade dos Estados Independentes possui, em torno de 25 milhões de russos fora da Rússia que vivem nos território de cada Estado Independentes. Além do mais, dentro da Rússia vivem 86% da população de origem étnica russa. Enquanto isso, mais de 60 grupos étnicos distintos habitam, também, a Rússia, alguns deles vivendo sobre grandes riquezas naturais do país e querem a formação de países próprios.

Situação não é diferente nas outras nações da CEI: a Geórgia possui inúmeras minorias étnicas; o Casaquistão a população casaques não é maioria e sim os outros povos que habitam o país; o Tajiquistão tem apenas 62% da população de nacionalidade tajiques; o Usbequistão possui apenas 72% de Usbeques; O Quirguistão possui apenas 51% de quirguizes; já a Ucrânia possui 74% da população e ucranianos. Como podemos perceber qualquer tipo de definição sobre nacionalidade dominante e interesses nacionais poderá provocar conflitos insolúveis na região.

Nesse sentido, somente com um processo de cooperação entre as nações que poderemos superar tal situação. Assim, a Rússia por ser o país mais desenvolvido economicamente deve buscar essa integração entre os países para evitar mais conflitos. Entretanto, a própria Rússia precisa resolver problemas internos que são os conflitos da Chechênia, bem como a organização de outros grupos que querem lutar por formação de país independente. Somente o futuro dirá as conseqüências que o fim do socialismo, nessa região, trouxe para esses países. Pois uma região muito tranqüila,no passado, convive hoje com conflitos em todas as partes.

2 comentários:

  1. Absurdo, para ONU Lula tem combatido a fome no mudo !!
    Observo que a ONU não sabe nem a metade dos problemas sociais no Brasil !!!!!
    Parabéns presidente Lula, sua demagogia e oportunismo engana até os + experientes .
    Ótimo, vejo que no Brasil não temos mais crianças, velhos e adultos em geral vasculhando Lixo para sobreviver e se alimentar.
    Ótimo, vejo que no Brasil não temos mais hospitais sucateados onde pessoas morem nos corredores e outras na porta dos Hospitais por falta de estrutura mínima.
    Ótimo, a segurança pública no Brasil já é classificada como segurança de Primeiro mundo .
    Ótimo não temos problemas de fome, saúde pública e muito menos falta de segurança Pública para os cidadãs.
    Que Brasil maravilhoso !!!!
    Vejo que toda a propaganda enganosa do PT e de Lula não tem sido enganosa como muitos dizem.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Que Brasil maravilhoso e sem problemas !!!!!!!!!!!
    Talvez por ser tão maravilhoso e sem problemas , o presidente Lula ache justo sair doando dinheiro para Cuba, Grécia, Venezuela, Paraguai entre outros países para poder passar sua imagem Falsa de homem bonzinho e preocupado com a fome e paz mundial.
    Interessante notar, que Lula tem + de 50 anos de vida pública e só agora em seus dois últimos anos de governo é que ele se lembrou da Fome e paz mundial.
    DEMAGOGO OPORTUNISTA !!!!
    Para Lula da Silva, Brasil não precisa + de ajuda do governo federal ,por ser um país sem problemas
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Esse Lula é uma comédia, se alto promove as nossas custas porque seu propósito é egocêntrico: Ganhar o Premio Nobel da Paz e garantir emprego como secretário Geral da ONU .
    Para tanto, ele gasta dinheiro púbico com atos demagogos para se alto promover onde passa para o mundo uma falsa imagem de sua personalidade .
    Mas nós sabemos muito bem quem é Lula da Silva, o Lula que defende e protege terroristas e assassinos tipo Cessare Bastti , O Lula que defende e se alia a corruptos tipo : Sarney, Collor e Renan , o Lula que critica e condena presos políticos de Cuba que estão sendo torturados em Cuba e esse mesmo Lula demagogo, não tem coragem e dignidade moral para criticar o regime comunista e ditador de Fidel
    As verdadeiras raízes do caráter da ideologia do verdadeiro Lula da Silva , são escondidas para o mundo , porque seu propósito é ganhar o Emprego da ONU.

    Fui..
    Nikacio lemos
    23 anos universitário
    P.S. Lula tem sido esperto, ele (Lula) observou que Hugo Chávez , Fidel e Mahmoud_Ahmadinejad sempre se destacam no mundo porque são polêmicos ao se envolverem em assuntos e atos polêmicos e isso tem contribuído para destaca-los pelo mundo.
    Usado o mesmo método porém de forma amigável (Imagem Falsa), Lula procura se meter em assuntos polêmicos se colocando como o único capaz de promover a paz entre USA, Venezuela e Irã.
    Esse é o Lula, o oportunista que tira vantagens das amizades se faz de amigo das partes obtendo acesso fácil para se alto classificar como o único capaz de promover a paz .
    Lula da Silva|, um demagogo que conquista o mundo passando uma imagem falsa de sua personalidade.
    Já no Brasil, ele tentou por três vezes censurar a imprensa, amordaçar o TCU e financia a milícia do MST. Além de subornar e financiar a UNE para amordaça-la e conseguiu .

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  2. Parabéms, professor. Um ótimo artigo!

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