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terça-feira, 21 de setembro de 2010

GLOBO/VEJA/FOLHA/ESTADÃO – O CRIME ORGANIZADO – DE HOMER SIMPSON A PATETA –

Laerte Braga

O jornalista Luís Nassif em artigo recente trouxe a baila uma questão
decisiva na prática do jornalismo, especificamente, na conduta do
jornalista. Nassif afirma, a propósito da série de denúncias feitas pela
quadrilha VEJA, que cabe ao jornalista dizer não, ou sim, quando percebe que
por trás das denúncias existe manipulação. Se diz sim, aceita, é parte da
mentira. Se diz não, preserva-se, observa a ética jornalística.

A última denúncia da quadrilha VEJA a propósito de 200 mil reais a um
funcionário da Casa Civil, por conta da compra de TAMIFLU (medicamento
produzido por um único laboratório e voltado para o combate à gripe suína),
é de um primarismo que faz com que o leitor (quem ainda consegue ler a
revista, podridão pura) seja visto como o Pateta, personagem de Walt Disney,
simpático personagem, numa concorrência direta com o Homer Simpson, síntese
do telespectador do JORNAL NACIONAL na opinião do quadrilheiro William
Bonner.

O jornalista Urariano Mota num simples exercício de matemática, coisa de
ensino fundamental, mostra que é absolutamente impossível alguém receber 200
mil reais num envelope pardo, dentro de sua gaveta, como afirma a revista.

Vamos lá.

Vinícius de Oliveira Castro é o nome do funcionário que “achou” 200 mil
reais num envelope pardo em sua gaveta e ouviu que aquele valor era a
“gratificação pela compra do TAMIFLU.

Urariano Mota, no blog www.juntossomosfortes.blogspot.com explica que

*“Veja, olhem e vejam como a denúncia cai diante dos olhos da aritmética.
Vamos supor que os 200 mil reais estivessem reunidos em cédulas de maior
valor, todas portanto de 100 reais. Então haveria 2.000 cédulas de 100. O
Banco Central informa que uma cédula de 100 tem as dimensões de 140 x 65
milímetros.
Por sua vez, um bom envelope pardo tem as dimensões de 240 x 340 milímetros.
*Agora tentem enfiar 2.000 cédulas de 100 nesse envelope. Seria como, numa
abstração máxima, enfiar algo próximo a 223 folhas de papel A4 nesse
envelope. Ou, se as notinhas de 100 estiverem bem arrumadas, sem dobrar nem
uma, o equivalente a 333 folhas de papel A4. Em um caso ou outro, não dá. O
pobre do envelope pardo se rasga.

*Notem que estamos supondo que as cédulas de 100 tenham a mesma espessura de
uma folha de papel ofício. Na verdade, a relação grama por milímetro
quadrado da cédula é maior.

*A não ser que, para esse escândalo, a Casa da Moeda tenha rodado cédulas de
300 reais mais leves e finíssimas. Nesse caso, o envelope agüentaria. Mas
aí, para a história ser real, a moeda é falsa.”*

Na edição do JORNAL NACIONAL, sábado, dia 18, a repercussão do fato. O
repórter que tratou das denúncias por pouco não levantou vôo naturalmente no
afã de ganhar um assento melhor na távola da quadrilha. Mostrou-se
esforçado.

FOLHA DE SÃO PAULO, especialista em desova de cadáveres de presos políticos
assassinados pela ditadura (quadrilha também), só não saiu com edições
especiais, mas naturalmente no meio da semana vai apresentar um infográfico
explicando tudo direitinho e o ESTADO DE SÃO PAULO ainda não obteve a bênção
do imperador Pedro II para tratar o fato de forma contundente, vai caber ao
velho ESTADÃO, sustentar a mentira durante o resto da semana, quando,
lógico, surge a outra denúncia/mentira.

RBS, a GLOBO do Sul, primeiro vai saber se tem algum filho de diretor
envolvido em estupro, esconder a notícia e depois mentir.

VEJAmos porque, como demonstra e prova, sem achar que o leitor/eleitor é
Pateta ou Homer Simpson, o deputado Brizola Neto, porque o crime organizado
na Comunicação apóia José Arruda Serra e mente sem pudor algum, afinal é
crime organizado.

*CONTRATOS ASSINADOS POR SERRA*

*27/maio/2010*

*Contrato: 15/00548/10/04*

*- Empresa: Editora Brasil 21 Ltda.*

*- Objeto: Aquisição de 5.200 Assinaturas da “Revista Isto É” – 52 Edições –
destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – CEI e
COGSP – Projeto Sala de Leitura*

*- Prazo: 365 dias*

*- Valor: R$ 1.203.280,00*

*- Data de Assinatura: 18/05/2010*

*28/maio/2010*

*Contrato: 15/00545/10/04*

*- Empresa: S/A. O ESTADO DE SÃO PAULO*

*- Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas do Jornal “o Estado de São Paulo”
destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo –
Projeto Sala de Leitura*

*- Prazo: 365 dias*

*- Valor: R$ 2.568.800,00*

*- Data de Assinatura: 18/05/2010.*

*29/maio/2010*

*Contrato: 15/00547/10/04*

*- Empresa: Editora Abril S/A*

*- Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas da Revista “VEJA” destinada as
escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São de Paulo – CEI e COGSP –
Projeto Sala de Leitura*

*- Prazo: 365 dias*

*- Valor: R$ 1.202.968,00*

*- Data de Assinatura: 20/05/2010.*

*8/junho/2010*

*Contrato: 15/00550/10/04*

*- Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.*

*- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “Folha
de São Paulo” para as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São
Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura*

*- Prazo: 365 dias*

*- Valor: R$ 2.581.280,00*

*- Data de Assinatura: 18-05-2010.*

*11/junho/2010*

Contrato: 15/00546/10/04*

- Empresa: Editora Globo S/A.*

- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas da Revista “Época” – 43
Edições, destinados as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São
Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura*

*- Prazo: 305 dias*

*- Valor R$ 1.202.968,00*

*- Data de Assinatura: 20/05/2010*

*http://www.tijolaco.com/26546*

A conclusão é simples, a turma está toda no bolso. Comprada. De rabo preso
com o esquema que apóia a candidatura de José Arruda Serra.

A propósito, o candidato tucano viveu momentos complicados num comício no
Sergipe. O candidato do seu partido ao Senado não apareceu. Está apoiando
Dilma, sumiu quando Serra chegou. Um candidato a deputado federal cismou de
denunciar o fato do palanque e ficou repetindo que o candidato apóia Dilma e
não Arruda Serra. Constrangimento total até que, irritado, Arruda Serra
pediu ao candidato que parasse de falar no nome da candidata petista. O
efeito estava sendo ao contrário.

Não existe mídia privada independente. Mas podre. Crime organizado,
quadrilhas. E jornalistas que dizem amém são cúmplices. O que lhes pagam os
chefões cabe num envelope pardo, são baratos, a quantidade de notas de cem é
bem menor. E não tem necessidade de colocar na gaveta, é as claras, basta
ver os caras com de quatro diante das câmeras, no delírio do “cumpri a
missão chefe”.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

GESTÃO DEMOCRÁTICA: UM SALTO DE QUALIDADE PARA A REDE ESTADUAL DE ENSINO

A escola pública tem problemas? Quais são? E como podem ser resolvidos?

O projeto de gestão democrática possibilita um salto qualitativo no ensino e no funcionamento das escolas da rede pública do Estado de Sergipe. Através dele, pais, alunos, professores, gestores e a sociedade civil organizada poderão definir a política de educação do Estado que será executada pelo Secretário de Educação. Entre outras vantagens, isso permite que os projetos de gestão educacional não sejam interrompidos com a alternância de políticos no poder.

A população ainda não está devidamente informada sobre as mudanças que estão prestes a acontecer, pois o projeto de gestão democrática está em vias de ser enviado para a Assembleia Legislativa e já conta com o apoio manifesto de 22 dos 24 deputados estaduais. A descentralização acontecerá através da criação e atuação de quatro organismos:

1- Congresso de Educação: É formado por pais, professores, alunos, gestores e sociedade civil. Sua função é definir a política de educação do Estado.
2- Assembleia Escolar: Professores e alunos poderão discutir todos os problemas da escola e buscar soluções concretas, decidindo onde será aplicado o recurso da escola.
3- Conselho Escolar: Formado por professores e alunos, ele irá partilhar a gestão escolar com o diretor da escola.
4- Eleição de Diretores: A comunidade escolar poderá escolher o diretor de sua escola. Todos os candidatos deverão passar por um curso de formação e apresentar um Plano de Trabalho. Depois de eleito, o diretor passará por novo curso de capacitação.

Mudar para Melhorar
O professor Roberto Silva Santos, Diretor do Departamento de Base Estadual do SINTESE, resume que os problemas vivenciados nas escolas estaduais poderão ser discutidos e resolvidos com a implantação da gestão democrática. “Os alunos e professores que trabalham e estudam na escola são as pessoas que mais conhecem os problemas e dificuldades vivenciadas. Por isso sua contribuição é fundamental. A política educacional não será mais aquela implementada em pacotes, mas a própria comunidade estará escolhendo como será seu funcionamento, é ela quem vai gerir o recurso repassado para a escola”, esclarece o professor.

O professor cita que entre outros benefícios que virão com a gestão democrática estão a qualificação do gestor escolar e a objetividade de suas ações; o fim do ‘apadrinhamento’ na escolha do diretor; o fim da perseguição de professores ou de má aceitação do diretor pela comunidade escolar.

Texto de Iracema.